Foto:Polícia Civil
A Polícia Civil concluiu, nesta sexta-feira (31), o inquérito que apura a morte de Brasília Costa, encontrada esquartejada dentro de uma mala na Estação Rodoviária de Porto Alegre, em agosto deste ano. O ex-companheiro dela, o publicitário Ricardo Jardim, foi indiciado pelos crimes de feminicídio, ocultação de cadáver e falsificação de documentos.
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De acordo com o delegado Mário Souza, diretor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), as investigações apontam que o suspeito agiu sozinho. As penas máximas previstas pelos crimes somam cerca de 100 anos de prisão.
O delegado informou que a causa exata da morte não pôde ser determinada, em razão da ausência de parte do corpo da vítima. A cabeça de Brasília não foi localizada, e as buscas seguem em andamento.
Segundo a investigação, o crime ocorreu entre os dias 8 e 9 de agosto. Nesse período, Jardim teria comprado luvas, lona e uma serra, materiais utilizados para cortar o corpo no quarto da pousada onde ele morava. Em 14 de agosto, ele adquiriu a mala que foi usada para transportar o tronco da vítima até o guarda-volumes da rodoviária, onde o material foi deixado seis dias depois com o uso de dados falsos de outra pessoa.
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Os demais restos mortais foram encontrados em diferentes pontos da Capital. Os braços apareceram em um saco de lixo no Bairro Santo Antônio, em 13 de agosto. As pernas foram localizadas no início de setembro, uma na orla de Ipanema e outra próxima à Avenida Edvaldo Pereira Paiva, com auxílio de pescadores e trabalhadores da região.
Conforme o DHPP, o investigado afirmou informalmente ter descartado a cabeça em um contêiner próximo ao Gasômetro. A polícia não descarta a possibilidade de que o lixo tenha sido recolhido e triturado no aterro de Minas do Leão, na Região Carbonífera.
Ricardo Jardim permanece preso preventivamente e é representado pela Defensoria Pública. Ele já havia sido condenado, em 2018, a 28 anos de prisão pelo assassinato da própria mãe. Apesar da condenação, ele estava em liberdade.